sábado, 26 de novembro de 2011

Doula: o que faz esta profissional??



Para responder esta pergunta, nossa equipe entrevistou uma profissional DOULA  e nos surpreendemos com sua atuação.
                                                                                                                                          
PM:     O que é ser Doula? Precisa de alguma formação específica?
M.C .A palavra Doula vem do grego antigo (‘mulher que serve outra mulher’) sendo atualmente utilizada para definir aquela mulher treinada e com experiência em nascimentos, que oferece apoio físico e emocional contínuo, além de suporte com informações para as mães, antes, durante e após o nascimento.
Geralmente os programas para treinamento de Doulas, consistem de cursos intensivos de 3 a 4 dias, incluindo treinamento prático de técnicas como relaxamento, respiração, posições e movimentos para redução da dor ,massagens e outras medidas de conforto.
Além disso, as Doulas devem ter o desejo sincero de servir e ajudar, ser carinhosa, mas sabendo respeitar o momento da mulher, mantendo a discrição, saber ouvir, passar confiança, ter disponibilidade de tempo e um fator que faz a diferença é ser mãe.

PM  Quais as maiores dificuldades encontradas na profissão de Doula?
MC:  Muitas pessoas ainda desconhecem uma Doula, e como tudo que é novo, existe sempre certa resistência. Alguns profissionais também ainda não aceitam bem a nossa presença achando que podemos atrapalhar o nascimento interferindo no processo.

MP:     Sua formação como Enfermeira acrescenta a de Doula?
MC:Sim. Como Doula surgiram novos horizontes que me deram uma direção em qual área me focar e seguir na enfermagem. Mas além de me acrescentar como profissional, o meu lado pessoal principalmente o de mãe foi um dos mais sensibilizados pela transformação a qual passamos.


PM:    Como você definiria a humanização no parto? Acha que o Brasil é um país que apóia a humanização do parto?
Humanização no parto é respeitar as escolhas da mulher em trabalho de parto. Ela precisa se sentir segura sem se sentir observada. Garantindo sempre a sua privacidade.
A parturiente precisa estar protegida e se sentir protegida de toda a estimulação inútil de seu neo-cortex.( Michel Odent ) – Temos que “mamificar” o parto.

No Brasil tentativas tem sido feitas pra reverter a situação da Humanização do Parto e Nascimento, mas é preciso muito mais, ir além de Campanhas a Favor do Parto Natural,da Lei do Acompanhante, das Casas de Parto.
A Sociedade deve ser preparada a fortalecer a mulher a ter forças para parir. Retomando o poder sobre seu próprio corpo. Reduzindo as intervenções desnecessárias o máximo possível.
       PMPoderia citar algumas vantagens de ter uma Doula durante o trabalho de parto?
MC: Redução de analgesia em 35%
Redução de aceleração de parto com ocitocina em 71%
Redução do uso de fórceps em 57%
Redução de cesarianas em 51%
Redução da duração do trabalho de parto


PM:    A Doula permanece antes, durante e após o parto?
MD: Sim. Antes do Parto: Fornece informações sobre todo o processo do trabalho de parto e o parto, intervenções e os procedimento necessários para que a mulher possa participar de fato das decisões a serem tomadas durante esse período. E assim ajuda a mulher a se preparar, física e emocionalmente, das mais variadas formas.

Durante o trabalho de parto e o parto: Ela ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis durante as contrações, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento. E também estimula a participação do pai do bebê.

Após o parto: Estimula a amamentação na primeira hora. Fortalecendo o vínculo mãe-bebê. Após a alta, faz visitas à nova família, tirando as dúvidas e oferecendo apoio para o período de pós-parto, no resguardo, especialmente em relação à amamentação e cuidados com o recém nascido.

PM: -Você tem alguma passagem inesquecível como Doula?
MC: Sim. É difícil escolher uma passagem mas o que é realmente gratificante e inesquecível é você saber que foi extremamente valiosa a sua presença ao lado daquela família em especial da mãe e do bebê.Isso não tem preço.Ser reconhecida pelo seu simples ato de ajuda e de conforto.E ainda quando a nossa intenção é alcançada de conscientização.E o principal de dar apoio total.

PM: O que você diria as futuras Doulas?
MC: Acho que muitas coisas...( rs)
Mas o principal é que quem fizer o curso não vai se arrepender, só vai agradecer pela bela e intensa oportunidade de vivenciar um dos momentos mais inesquecíveis de uma Doula.Quem for uma mãe ‘mamífera’ apoiadora das causas deveria  fazer esse treinamento intensivo também.
E aproveito a oportunidade para deixar aqui a dica (ou o convite) de experimentarem fazer uma parceria nas Doulagens, muito importante essa troca de experiências e informações. Ainda mais quem está começando.
Aqui também deixo a minha Boa Sorte a todas com muita Luz e Energias Positivas !!!



Michelle Cavalcanti 
Enfermeira a 4 anos formada pela UGF - RJ
Doula a 1 ano formada pela ANDO - RJ

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Entrevista PrevEnf Mais com a Enfermeira e empresária Daniela Donini







PM: Quais foram suas maiores dificuldades como Enfermeira?
DD: Até o momento, em todas as áreas da enfermagem que atuei, pessoalmente em nenhuma delas tive dificuldades para desempenhar o "meu" trabalho. Mas cabe ressaltar que, em algumas experiências profissionais, deparei-me exatamente com equipes nada comprometidas. Mais claramente, com pessoas - profissionais (se pudermos assim chamá-los), que apresentavam um perfil bem oposto ao que relatei acima. Não somente na área da enfermagem, como em todas as outras, temos que estar em constante aprendizado, estudo, interesse e entender que cada cliente é um cliente. Discordo de protocolos "generalizados" para a área assistencial. Muitas vezes, tiveram suas teorias totalmente invalidadas! Resultam em insatisfação de clientes e frustrações profissionais. Infelizmente, vejo esta situação, como a maior dificuldade na minha profissão: a falta de interesse e atualização, gentileza, conhecimento e, principalmente, a falta de humanização. Por isso, tão importante identificar-se previamente com a escolha do curso. Não é a toa, que desde os primórdios, a  figura da "enfermeira" retratava uma pessoa sisuda e fechada!!!!
PM: Como você vê o campo de atuação de Enfermagem, acha que precisa expandir?
DD: Como em todas as profissões, a expansão deve ser sempre cultivada e procurada sim. Mas novamente cairemos nas perguntas anteriores: Para expandir é necessário conquistar, estudar constantemente, ter certezas, realizar o trabalho escolhido com paixão e entusiasmo. É preciso ser diferenciado, saber algo que ninguém mais sabe ou desejar ter ou saber! É preciso que o profissional determine exatamente, qual a área de sua maior afinidade. E na enfermagem, temos inúmeros segmentos de atuação. Desta forma, enxergo a expansão. Mas o desejo dos profissionais enfermeiros também deve expandir. Assim é possível mudar histórias, culturas e plantar novos rumos!
 PM: O que a impulsionou a virar uma Enfermeira empresária?
DD: Afinidades nas áreas administrativas e assistenciais, porém, em caráter individual. Ou seja, eu queria realizar exatamente um trabalho no qual eu conseguisse atuar em caráter individual, para obter o melhor resultado: reconhecer a necessidade de cada pessoa e atender exatamente a expectativa do meu cliente. Após atuar em diferentes áreas como enfermeira em hospitais, saúde pública, escolas, clínicas, etc, surgiu uma necessidade em fazer algo mais. Na verdade, dediquei-me e envolvi-me ao máximo, com todas as minhas experiências no mercado de trabalho. Após seis anos e meio atuando no mercado de trabalho em Bento Gonçalves/RS e microrregião, decidi expandir e multiplicar conhecimentos recebidos. Sabia que seria e ainda é uma tarefa exigente, mas tenho para mim que, exigências em nossa profissão só nos acrescentam e levam a resultados diferenciados. A motivação para mudar minha área de atuação sempre esteve presente por ser necessário implantar novos conceitos. A necessidade de conhecimento seria algo fundamental para optar  por este novo rumo. Porém, um segmento escolhido principalmente, por permitir-me e exigir que eu esteja em constante aprendizado. E finalizando, ressalto que minha escolha teve um grande peso ao observar a forma de trabalho de alguns colegas (na verdade, da grande maioria deles! Perfis comuns como os que descrevi nas respostas anteriores). Se eu continuasse trabalhando em hospitais, postos de saúde, clínicas, etc, não iria ter a oportunidade de mudar minha trajetória profissional, pois além de ser extremamente desgastante, levaria muitos e muitos anos trabalhando e tentando mudar culturas, posturas, entre outras situações. Neste momento, visualizei a "expansão" da minha profissão!!! Desejei ter o meu próprio negócio, aprender com meus clientes e oferecer um trabalho personalizado, onde a maior parte dos resultados dele, dependessem da minha atuação, dedicação e experiências profissionais. 
PM: Como surgiu a Mamma Bella?
DD:  Nossa!!! Essa vai dar trabalho! Mas vamos lá: Estudei e projetei a Mamma Bella por um período de 2 anos. Ao ter minha primeira filha, Lorenza, com base em experiências reais e pessoais, acabei publicando um livro: Manual para cuidadores de Crianças / Editora Vozes. Este foi o primeiro sinal que algo novo estaria por vir! Após meu segundo filho, Theo, a segunda etapa deste planejamento seguiu. Experiências pessoais e "enxergar" coisas como mãe e também como enfermeira, que outras mães e/ou profissionais não identificavam, teve uma boa parte de responsablidade para o surgimento da Mamma Bella. E em constante busca da perfeição e exigências de qualidade, escolhi um segmento da minha graduação que eu tinha muita afinidade e desenvolvi um novo conceito: Mamma Bella X Beleza, saúde, cuidado, conhecimento, qualidade de vida, entre tantas outras inovações que sempre estão presentes em meu negócio. Todas elas focadas para a gestação, pós-parto, amamentação, cuidados com o bebê, com quem cuidará do bebê, etc! Um nicho de mercado totalmente inédito - era isso que eu desejava. O diferencial aquele que entendo como necessário e de grande importância. Após 2 anos de pesquisas e estudos, a Mamma Bella foi inaugurada em 19 de outubro de 2006 e, dentro de seu segmento, sempre mantendo o foco, é possível estar em constante melhoria e inovação. Exatamente o que eu desejava para os novos rumos da minha enfermagem! Em 2006, quando inaugurada, não havia no país, nenhum trabalho semelhante. E era exatamente isso que eu exigi da Mamma Bella: ser diferente, ser especial, ser referência em produtos e serviços para atender necessidades que demandam o planejamento de uma gestação até os cuidados com a criança de zero a seis anos, bem como, promoção da saúde e qualidade de vida em família até idade adulta! E certamente a Mamma Bella surgiu com a definição específica de um público alvo.
PM: Como você atua no seu consultório de Enfermagem? Tem uma boa aceitação da clientela?
DD:  Atuo em meu consultório de enfermagem desde janeiro de 2010, local onde ofereço aos meus clientes, todos os produtos e serviços, mediante agendamento prévio. Em 2006, iniciei a Mamma Bella em formato de loja. Aos poucos, aprendendo a identificar as necessidades dos meus clientes e certamente, minha satisfação pessoal como profissional, fui implantando constantes melhorias para minha atuação junto ao cliente. Se você me perguntar o que era melhor, se antes ou agora, certamente vou afirmar que estou em plena satisfação profissional.  E o principal motivo: atender individualmente e de forma humanizada, cada cliente em sua particularidade. A aceitação dos meus clientes é excelente. São clientes que querem ser cuidados, tratados de forma especial, principalmente pelo foco de atuação da Mamma Bella. Como enfermeiras, sabemos o quanto é importante lidar com emoções! E particularmente, mais uma vez, ressalto a importância em desenvolver um trabalho com paixão e motivação. O cliente ao reconhecer estas características na oferta de um produto ou serviço,  demonstra-se muito feliz e satisfeito. A aceitação positiva é conseqüência de ser atendido exatamente como deseja. Os vínculos são estendidos por um bom tempo, mesmo após o parto. E realmente, há poucos meses de comemorar 5 anos de Mamma Bella, é muito gratificante identificar o retorno da clientela nas gestações posteriores!
PM: O que você diria para quem está começando na profissão e pretende atuar além de hospitais e postos de saúde?
DD:  O que eu diria??? Muitas coisas sim e outras não!!!! rsrsrsrsrs! Mas vamos por passos - para quem está começando:
1. Identificar-se e dedicar-se inteiramente com a profissão escolhida; 2. Escolher apenas uma área de atuação; obviamente, a de maior afinidade dentro da enfermagem. Em cada segmento da nossa profissão, muitas vertentes são possíveis; 3. Dentro do segmento escolhido, elaborar um projeto de trabalho; 4) Elaborar e realizar uma pesquisa de mercado para constatar a viabilidade do projeto. Procure identificar um nicho de mercado que as pessoas gostariam de ter e ainda não têm. Ou pelo menos, criar algo com diferenciais! 5) Planejar, definir e avaliar metas para a área escolhida; 6) Ter certezas e ser apaixonado pelo que escolheu fazer! Isso é fundamental para o sucesso! Pode e devem ocorrer erros, mas estes apenas proporcionam crescimento e melhorias, principalmente quando amamos o que fazemos.


Enfermeira Daniela Donini | Coren: 84.523 / Mamma Bella Assistencial / Site: www.mammabella.com.br 

sábado, 30 de julho de 2011

“Sexualidade e portadores de necessidades especiais"




    "Márcio Eustáquio de Castro Linhares
                             Psicólogo. - Especialista em Sexualidade Humana
 Rio de Janeiro - RJ 
 

 
             
        Há um tempo atrás fui convidado a comentar sobre questões de sexualidade e sua expressão, para uma revista direcionada ao público portador de deficiência física e outros interessados no tema.
Fiquei satisfeito de ver esse tema tão importante ser foco de uma reportagem. É um universo representativo de cidadãos que se vêem, muitas vezes, reféns de preconceitos de pessoas que lhe rodeiam e, até mesmo, formulados por si mesmo.
Bem, a sexualidade do deficiente físico é real e permanente e apenas precisa ser pensada e  exercitada para permanecer como um de seus bens construtores de sua autonomia busca de felicidade.
         Pessoas deficientes podem sim descobrir seus pontos e zonas eróticas se exercitando 
a buscar a máxima sensibilidade possível nos seus mais variados pontos de toda extensão do corpo. Sejam partes genitais, seja qualquer outro ponto como mãos, coxas, pernas, face, pés, nuca, etc. 
        O corpo todo é sensível às sensações de frio, calor, umidade, secura, asperezas, contatos aveludados, etc. A exploração dessas possibilidades podem levar esse indivíduo, como qualquer outro, a exacerbar sua sensibilidade e tornar o seu corpo como um todo, espaço bom e prazeroso de contatos e sensações erógenas. Vale lembrar que a capacidade de se sentir ainda um sujeito sexual e sensível às essas excitações é deixada muito clara na presença de  sonhos eróticos e outras  manifestações deste tipo.
Para buscar a realização da expressão sexual de cada um, o deficiente físico precisa entender existe algumas posições mais confortáveis, mas não existe uma indicação única e comum a todos. A melhor posição seria aquela que trouxesse mais conforto e sensibilidade para o indivíduo. Quanto mais confortável ele estiver melhores serão as chances de uma sensibilidade maior e mais afluente no contato sexual. Espera-se ainda, logicamente, que o máximo do esforço seja feito pelo parceiro/a não acometido da deficiência. 
         Como na questão anterior, sobre o conforto, todos os cuidados devem ser tomados para que a relação não venha a ser fonte de cansaço, dificuldades, desconforto, dores, desânimo. Uma relação para o deficiente físico vai requerer uma ação mais longa de cuidados, carinhos e preliminares. Massagens com óleos, talcos e outros materiais que despertem satisfação e prazer através de outras janelas sensoriais (olfato, audição, tato, visões, paladar) vão potencializar a possibilidade de aflorar o prazer para a parceria.
Fundamental na vida do deficiente físico: nunca desistir de qualquer possibilidade de uma vida integrada. Que busque as experiências. Troque com pares, amigos, mentores, médicos, terapeutas, enfim; com o  mundo. Tenha certeza que sempre haverá uma porta entreaberta ou uma janela para o mundo comum.
Podemos encontrar alguns entraves mas sempre podemos nos esforçar para superá-los. Sartre deixou uma pensata que serve para balizar qualquer um de nós e nós dá instrumentação para seguir em frente. É algo assim:

"Não importa o que o mundo fez com você, importa o que você faz com o que o mundo fez com você."


        



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Violência, como lidar nesta situação!!!



Os profissionais de saúde pelo trabalho que exercem a comunidade, encontram-se em condições mais favoráveis para observarem riscos e identificar as possíveis vítimas de violência intrafamiliar. Frequentemente quando ocorre violência os primeiros a serem informados são a equipe de saúde, o motivo é atendimento, que normalmente é mascarado por outros problemas ou sintomas que não condizem, em elementos para um diagnóstico.

A carência de serviços ou respostas sociais adequadas, e a intervenção apenas pontual, são além de um obstáculo, um retardo na solução do problema. O sistema de proteção e o sistema punitivo não têm conseguido diminuir a incidência da violência ou amenizar os seus efeitos. O profissional de saúde tem como responsabilidade estar alerta, quanto à possibilidade de um elemento da família estar praticando ou mesmo sendo vítima de maus tratos, mesmo que não haja, de imediato, indicações para suspeitos.

Observando, fazendo visitas domiciliares mais freqüentes, fazendo perguntas diretas ou indiretas a alguns membros da família, podem surgir situações reveladoras, se o agente de saúde ou até mesmo o enfermeiro tiver todo um cuidado e uma atenção voltada para estas questões. Mesmo que a família procure esconder tais acontecimentos, a amizade já existente pelas freqüentes visitas resultará numa confiança por parte do profissional que acarretará a uma conversa futura, criando novos espaços de ajuda.

Quando a vítima não tem capacidade de tomar decisões, a equipe de saúde precisa oferecer orientações e base para que a mesma venha a entender melhor o que está acontecendo com ela, e assim procurar as soluções possíveis, tomando a decisão que melhor lhe convier. Esta base, esse suporte deve incluir serviços especializados como: área da saúde, social, segurança e justiça; e da comunidade como: associações de moradores, grupos de mulheres, grupos religiosos. A equipe de saúde, nem a vítima, devem agir a sós para evitar riscos maiores.

Os serviços precisam estar equipados com instruções, telefones de emergência e recursos, caso uma pessoa ou família possam recorrer e que precisam estar ao alcance da população. A equipe de saúde durante todo o processo de atendimento das situações de violência intrafamiliar, devem ter uma preocupação ética com a qualidade da intervenção e suas conseqüências.
O compromisso da confidência é primordial para que o cliente sinta confiança. Os modos de agir, as ações da equipe, devem incluir formas para proteger o sigilo das informações. No caso de crianças e adolescentes o profissional de saúde é obrigado por lei a notificar o Conselho Tutelar, quando da suspeita ou comprovação de um caso de violência. Esta medida é importante para a proteção da criança ou adolescente. É importante explicar para a família que mesmo ocorrendo esta notificação o sigilo continuará a ser preservado.

Na situação de violência intrafamiliar significa fazer parte de um caminho delicado e complexo. Colocar detalhes muito pessoais e dolorosos a um estranho pode ainda mais fragilizar a vítima, provocando fortes reações negativas. O profissional deve ter consciência disso e ter uma atitude compreensiva e não julgadora. Ao sofrer violência cada um lida com essa situação de forma a ser melhor para si, as vezes o fato de pedir ajuda não significa que esteja em condições de colocá-lo em prática, devido aos complexos efeitos da violência sobre o seu emocional.

O profissional deve fazer que seu cliente confie e invista na sua capacidade para enfrentar os obstáculos. A violência intrafamiliar afeta a todos que de alguma forma se envolvem, e os profissionais da saúde não poderiam ser diferentes. O contato com situações de sofrimento, risco, insegurança e os questionamentos, bem como a importância em ter soluções imediatas, exigem um tempo de auto dedicação para proteção e alívio de tensões. Por isso é necessário que se crie oportunidades de discussão, sensibilização e capacitação que proporcionem um respaldo à equipe para expor e trabalhar seus sentimentos e reações.

Autora:EnfªDrªMaria Amélia da Costa Rech

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Trauma

                                                                                                     

É notável que nos últimos anos a taxa de mortalidade e morbidades decorrentes de acidentes de transito e praticas de violência vem aumentando, e isso tornou-se um serio problema de saúde, consequentemente, ações preventivas e vias de tratamentos vem sendo um dos principais foco de estudo em todo mundo, tentando assim descobrir novas maneiras de enfrentar está problemática. Nos USA o trauma é a principal causa de morte em pacientes menores de 35 anos, e é responsável por 10% das mortes entre toda a população adulta do país, no Brasil é a 3ª causa de morte e a principal entre os jovens. Além disso, as seqüelas promovidas por esta dolentia, provocam incapacidades graves e moderadas em mais de 45 milhões de pessoas em todo mundo. Os pacientes traumatizados são diferentes de qualquer outro tipo de doente, pois na sua maioria trata-se de pessoas hígidas em bom estado de saúde, que subitamente, devido a algum tipo de acidente passa a se encontrar em um estado grave, o qual necessita de atendimento imediato, então para total sucesso no tratamento é necessário que o paciente seja manuseado corretamente desde o local de atendimento até o hospital. O socorrista tem maior chance de ajudar um paciente traumatizado do que qualquer outro paciente, o atendimento ao traumatizado é praticamente dividido em pré-hospitalar e intra-hospitalar. E é os cuidados pré-hospitalares que geralmente fazem a diferença entre a vida e a morte, ou entre uma seqüela definitiva e a temporária. Lembrando que mais da metade das mortes no trauma ocorrem por acidentes automobilísticos ou uso de arma de fogo, e estas duas práticas são totalmente evitáveis quando se instala um bom trabalho preventivo. A primeira fase de morte no trauma ocorre desde poucos minutos até 1hora após o trauma, nesta fase o dano absorvido pela vitima é independente do atendimento médico ou do socorrista, a melhor forma de evitar estes óbitos é com prevenção, educação e estratégias de segurança. A segunda fase ocorre nas primeiras horas após o incidente, é nesta fase que uma boa ação pré e intra-hospitalar fazem a diferença. A terceira fase acontece nos primeiros dias até varias semanas após o evento, e geralmente os óbitos desta fase são decorrentes de falência em múltiplos órgãos, e infelizmente a medicina tem muito que aprender no combate desta desordem.
Observando todos estes parâmetros o trauma é um grande problema de saúde no mundo, e por atingir principalmente pessoas ativas, torna-se um distúrbio socioeconômico evidente e crescente, hoje temos uma padronização no atendimento às vitimas do trauma através do Prehospital Trauma Life Support e o Advanced Trauma Life Support, estes programa tem como objetivo desenvolver através de estudos, novos aspectos de abordagem ao traumatizado, visando um atendimento rápido, seguro e eficaz. Sendo assim atualmente existe um bom atendimento tanto pré-hospitalar como intra-hospitalar disponibilizado para pacientes traumatizados, mas então porque o trauma nos EUA ainda mata em um ano 3 vezes mais do que a guerra do Vietnã. A resposta está na forma de encarar este problema, o trauma tem que ser conceituado como uma epidemia, uma doença, e não como uma fatalidade, pois muitos destes acidentes causadores de óbitos e seqüelas graves podem ser evitados, sendo o melhor remédio, o exercício da cidadania e a prevenção. E por mais que a tecnologia hospitalar e pré-hopitalar se desenvolva, nós profissionais da saúde ainda estaremos de mãos atadas, pois é no ato do trauma que ocorre a maioria das mortes e isso é independente de um bom atendimento. E enquanto o tratamento certo não for empregado em nossa sociedade, viveremos neste cenário onde nossas crianças e jovens morrem e se mutilam através do trauma.

Dr. Leandro Viotto (médico/ neurocirurgia)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Turismo para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.


          


          A Turismo Adaptado é uma empresa que trabalha para a acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida no lazer e turismo. Uma das únicas agências de viagens inclusivas e a única operadora do Brasil, a elaborar pacotes turísticos acessíveis. Pela necessidade do próprio mercado em 2010 passou a atuar como uma agência de viagens, oferecendo pacotes turísticos com infra estrutura para a pessoa com deficiência, passando a elaborar programas turísticos no Brasil, identificando a acessibilidade nos produtos e serviços turísticos
        Tem como Diretor, Ricardo Shimosakai, Bacharel em Turismo pela Universidade Anhembi Mormbi/ Laureate International Universities e atua desde 2004 no segmento de Turismo Acessível. Membro do Centro de Vida Independente Araci Nallin, Brazilian Adventure Society, SATH (Society for Accessible Travel and Hospitality), ENAT (European Network for Accessible Tourism) e IFTTA (International Forum of Travel and Tourism Advocates). Ricardo Shimosakai, foi vítima de um seqüestro relâmpago e após levar um tiro e ter sua mobilidade reduzida, quis retomar sua rotina e suas viagens que sempre lhe trouxeram muito momentos de prazer. A partir daí começou sua luta, e a vontade de espalhar esse prazer a todos.
             http://turismoadaptado.wordpress.com

sexta-feira, 10 de junho de 2011

EVENTOS EM PSICOLOGIA 2011


XXXIII Congreso Interamericano de Psicología “Por La Salud de los Pueblos: Una Psicología Comprometida con la Transformación Social

Data: 26 a 30 de Junho
Local: Medellin – Colombia
 

VII Congresso Iberoamericano de Avaliação/Evaluación Psicológica e XV Conferência Internacional Avaliação Psicológica Formas e Contextos

Data: 25 a 27 de Julho
Local: Universidade de Lisboa, Portugal
 

III Seminário Internacional de Habilidades Sociais

Data: 11, 12 E 13 de Agosto
Local:
Cidade: Taubaté – SP
Site: www.rihs.ufscar.br